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Mobilidade - Transição energética e os outros sectores económicos,  habitacional e mobilidade  - Página 20 Empty Re: Transição energética e os outros sectores económicos, habitacional e mobilidade

Ter Fev 15, 2022 4:29 pm
Muitas pessoas têm vindo a público espantar-se com o aumento da compra de automóvel, achando que já deveria ter estabilizado e estar até a reduzir essa tendência. Grande engano, não nos basta reduzir preços de transporte público, melhorar a qualidade dos mesmos, e criar ciclovias. É bom, mas não chega. 


https://ionline.sapo.pt/artigo/762377/politicas-de-mobilidade-o-que-nos-falta-?seccao=Opiniao_i
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Mobilidade - Transição energética e os outros sectores económicos,  habitacional e mobilidade  - Página 20 Empty Re: Transição energética e os outros sectores económicos, habitacional e mobilidade

Seg Fev 14, 2022 10:58 pm
"Previsto no futuro para a produtividade energética eletricidade serem a menor de sistema da rede nacional e regional, a mais de sistema da rede local e até residencial a cada agregado familiar, estou a falar de sistema de rede local é  no nível de bairro e ou localidade, cada a residência poderá o fonte do sistema da rede local interligações entre as residências, a onde a produção energética eletricidade para a uma parte a transferência em numa central local de armazenamento de eletricidade e haviarem a divisão da eletricidade para as residências do bairro e ou localidade, o sistema multimodal de produção eletricidade da rede residencial poderá a será a numa rede micro produtividade  energética renovável na interligação de transformadores das fontes energéticas renováveis de eólica, solar, biogás e estática e como a bateria de armazenamento da eletricidade no período do tempo por menos de 24 horas e semana, a eólica é a fonte energética renovável de eletricidade, a solar é a  fonte energética renovável de eletricidade e climatização no aquecimento da residência, água e a produtividade de cozinhados em principalmente dos assados, a biogás é a fonte energética renovável de eletricidade, e climatização no aquecimento da residência, água e a produtividade de cozinhados e a estática é a fonte energética renovável de eletricidade e a residência poderá a concentração as destas fontes energéticas renováveis e a iluminação pública terá a mini-sistemas da rede local de eletricidade na via de duas fontes energéticas renováveis de solar e eólica."
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Mobilidade - Transição energética e os outros sectores económicos,  habitacional e mobilidade  - Página 20 Empty Re: Transição energética e os outros sectores económicos, habitacional e mobilidade

Qui Fev 10, 2022 11:14 am
"A questionar seriamente a transição energética a servirá, a onde as redes para a concentração da produção e do mercado de consumador e a infraestrutura produção:
- A servirá a reduzirem dos gases dos efeitos de estufa no mundo e na sustentabilidade ambiental energética.
- A onde a infraestrutura da produção a será  mais local e regional e a menos a concentração de megas indústrias para a produção e os clientes a serão o maior mercado de edificado da habitacional e dos serviços e a será o mercado no seu nicho muito mais importante para a eletrificação de redes e a serão o mercado de veículos motorizados na sua eletrificação a serem muito menos para os veículos motorizados de serviços essenciais e coletivos e a será o mercado no seu nicho muito pouco importante para a eletrificação de redes."
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Mobilidade - Transição energética e os outros sectores económicos,  habitacional e mobilidade  - Página 20 Empty Re: Transição energética e os outros sectores económicos, habitacional e mobilidade

Ter Fev 08, 2022 4:53 pm
"Houverem e haviarem a reciclagem de metais das viaturas e maquinagem, a enviaremos ao ferro velho para o seu abandono em gasto ambiental a fazerem o desaparecimento totalmente e na via da natureza de muitos anos no trabalho natural a destruição de metais e os outros materiais das viaturas e maquinagem."

https://fb.watch/b2mp5qVdr2/
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Mobilidade - Transição energética e os outros sectores económicos,  habitacional e mobilidade  - Página 20 Empty Re: Transição energética e os outros sectores económicos, habitacional e mobilidade

Sex Fev 04, 2022 10:44 am
Mobilidade - Transição energética e os outros sectores económicos,  habitacional e mobilidade  - Página 20 Meiosd10

"Reflexão do Futuro de Transportes e da Mobilidade:
- O início a terceira revolução de transporte na sua transição para a sustentabilidade ecológica?
- Sim, a questão é a forma?
- O automóvel vai o seu desaparecimento na rede viária urbana e rural?
- Sim, a questão é a forma?
- A transição da mobilidade na via de mudanças dos hábitos de humano para as mudanças nas mobilidades de ciclista e pedreste a principalmente no ambiente urbano e de coletivo a principalmente no ambiente rural?
- Sim, a questão é a forma?
- A transição de tráfego motorizado na rede viária permite em ambiente urbano e rural para o tráfego motorizado de coletivo e serviços essenciais e urgentes na redução de tráfego rodoviário?
- Sim, a questão é a forma?
- A transição industrial do mercado de veículos motorizados na refrescamento forte dos negócios a eliminação e redução forte de nichos do mercado de veículos próprios e familiares motorizados e a aposta de veículos coletivos e serviços essenciais e urgentes?
- Sim, a questão é a forma?
- A transição dos transportes é o riscos de fecho de várias empresas dos veículos motorizados?
- Sim, a questão é a forma?
- Os Governos vão a serem as essenciais nas políticas para a transição dos hábitos de humano na proibição de promoção em anúncios na publicidade e a circulação na rede viária e a aumentarem os custos de uso e compra dos veículos motorizados?
- Sim, a questão é a forma?




Imagem do Site de Toda Matéria"
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Seg Jan 24, 2022 11:43 am
"O mercado automóvel estará a pensará de aquecimento do motor na via da eletrificação dos veículos, a continuará a apostará no nicho de vendas dos veículos próprios e familares, a apresentou da esperança o aquecimento de futuro próximo na feira mundial de veículos da mobilidade futura da californiana de Los Angeles de deste ano, o mercado de automóvel apresentarem a solução da sustentabilidade ambiental é a reciclagem dos materiais em 90%, não é o refrescamento do nercado e os governos a apoio a escolha do mercado para a retirarem os rendimentos das vendas de novos veículos elétricos em via de impostos, a onde no passado tivermos o aquecimento de 11 bilhões de veículos na frota de automóvel mundial, não estarão a pensarão na sustentabilidade ambiental, para as esperanças no futuro próximo estarão a refrescamento até a desaparecimento do nicho de veículos proprios e familiares, para as esperanças no futuro próximo estarão o aquecimento de transição da mobilidade de pessoas para na sustentabilidade ambiental e saúde pública passará na mobilização de coletivismo, pedonalidade, ciclismo e servicos essenciais no nível dos dois nichos urbanismo e ruralidade do transporte e não a eletrificação dos veículos próprios e familiares."
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Sáb Jan 01, 2022 10:22 pm
"Eu espero nos próximos anos a indústria de setor do automóvel a mudança as suas políticas empresariais da indústria, para a concentralizarem-se na construção em prevista a serem na reduzirem do seu nicho de mercado no setor de serviços essenciais e urgentes dos veículos ligeiros e pesados, na eletrificação dos veículos motorizados a deixarem para a trás do seu nicho de mercado no setor de veículo próprio e familiar, na reduzirem de dezena de bilionésimo unidades para as centenas de milionésimo unidades produzidoras na renovação da frota de automóvel mundial no período de 10 - 15 anos, até a reciclagem de 90% dos metais raros para a produzirem novo, no futuro próximo não a poderemos a reciclagem a chegará o num ponto do gasto de materiais primas já  não a fazerem a sua reciclar mais, não haverá os milagres de retoma da reciclagem e teremos a recolharem a maus matérias primas na natureza, é a questão da destruição de ambiental para a recolherem os recursos naturais, são as matérias primas para a produção de um veículo motorizado elétrico e a outra fonte energética renovável para o futuro sustentável ambiental e empresarial, é a oportunidade de pensarem-se a pararem-se do pensamento de matérias primas retiradas da natureza são ilimitadas, teremos de reestruturem e reformar-se as políticas empresariais da nesta indústria, na manterem as mesmas metas de frota de automóvel mundial, não a haviam os recursos minerais e naturais no futuro próximo para a produzirem os todos veículos em números atuais de 11/13 bilhões unidades de automóvel e teremos a minimizarem por o essencial."
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Qua Dez 22, 2021 11:01 am
"A Galp e os seus trabalhadores terem a aperceberem vão a terão fazerem a transição industrial da sua refinaria, para a redução de sua produção industrial das fontes energéticas renováveis previstas, para a nesta unidade industrial e são o hidrogénio e Lítio, para o mercado principalmente de energético da eletricidade na rede nacional e da mobilidade de automóvel nos serviços essenciais e urgentes, na desmontagem de tanques do armazenamento de Petróleo e de oleodutos entre do Terminal Portuário e até da Refinaria são os nove quilómetros libertados para a expansão de cidade para a construção de nova infraestrutura da acessibilidade de mobilidade  coletiva pública, pedal, pedonal e espaço verde e até a final na eliminação dos tanques para a montagem para a receberão das novas infraestruturas da produção das fontes energéticas renováveis, na reduzirem de área da unidade industrial a ocupa atualmente entre mais de 40/50%, na área libertada para a venda e ou a instalação de outras unidades industriais na sua avizinha, terá a ocorrerem a numa redução sustentável trabalhadores na transição e reestruturação da sua produção e unidade industrial energética da empresa. A igualmente das refinarias em exemplo de mais perto da Galp, é da Repsol o seu processo da transição e reestruturação da sua produção e unidade industrial e está a serem a separada."
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Ter Dez 21, 2021 11:11 pm
"Sabem o simbolo do mercado de petróleo nas nossas localidades do mundo na figura central é o automóvel, está em causa mais dos milhões de triliões litros a consumados no mundo por meia década para a alimentação os automóveis são mais de 11/15 bilhões, a consideração aos 7 mil milhões de habitantes, a emissão dos gases do efeito de estufa para a transição na velocidade lenta em intervalo de 10 e ou 20 século e na aumentar a sua velocidade em período de um século a chegada transição de alterações climáticas no nosso planeta tiverem a serem em 41 século a ocorrerem as destas alterações climáticas, estará a defenderem a continuarem do uso de combustíveis fósseis, desflorestação das florestas, caça, pesca e resíduos sem o tratamento correto e reciclagem sem o controlo na sustentabilidade ambiental e a também a quem estará a aceitarem bem a destruição do planeta e desaparecerem a espécie humana, florestal e animais no nosso planeta. Eu não aceito a única solução da continuação do mesmo caminho de poluição atmosférica, destruição das florestas e desaparecimento das espécies de animais e há soluções técnicas, tecnológicas e mudanças dos nossos habitos para a sustentabilidade ambiental e saúde e as nestas soluções terem o custos caros mim não a interessam e a interessam salvarem o nosso planeta do colapso ambiental e civiliza."
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Dom Dez 19, 2021 9:33 pm
⚠ A atual política de biocombustíveis da UE está a impulsionar a procura de soja, promovendo a destruição da Amazónia, do Cerrado e de outros ecossistemas. 

A UE tem de acabar com isso.

#BeyondBurning #stopfakerenewables #climatecrisis #NoMeuDepositoNAO

Saiba mais 👉 https://bit.ly/3dIjwxo

Vídeo da Facebook:
ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável 

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Dom Dez 19, 2021 3:27 pm
"A minha previsão em reduzirem de produção da industrial de automóvel para só o setor da produção na sua concentração futura de serviços essenciais e urgentes, vai a estará entre o 70/80% as variações atuais até a ano 2040, as variações atuais da frota de automóvel mundial andou a volta de 11/13 bilhões de automóveis na grande maioria é o automóvel próprio e ou familiares e na futura  redução a será andará a volta mais de 10/50 milhões de automóveis na grande maioria de serviços essenciais e urgentes."
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Qui Dez 16, 2021 10:18 pm
Graças a um processo inovador, promovido pelo ministério português do Ambiente e realizado em parceria pelo Grupo Dourogás e a Águas do Tejo Atlântico, empresa do grupo Águas de Portugal responsável pela gestão e exploração do sistema multimunicipal de saneamento de águas residuais da Grande Lisboa e zona Oeste, as lamas vão ser transformadas em hidrogénio e biogás.


https://pt.euronews.com/2021/12/16/portugal-vai-transformar-lamas-de-etar-em-energia
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Qui Dez 16, 2021 2:32 pm
Um primeiro autocarro-comboio em década de 30 do século passado e em Alemanha e na transição mobilidade da rodovia para a ferrovia. 
https://fb.watch/9X1ZcljVKM/
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Qui Dez 16, 2021 12:29 am
Em Portugal existe um mercado paralelo, que funciona de forma ilegal e para onde são desviados equipamentos que já não têm uso. A dimensão deste mercado é apontada como uma das razões para o falhanço da reciclagem no país. Um negócio que ganhou força nos últimos anos porque dá dinheiro.

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Dom Dez 12, 2021 4:28 pm
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A estrada para o desastre climático é feita de boas intenções

Quando comunicamos acerca de alterações climáticas com o intuito de provocar acções, é importante que a mensagem cumpra, de facto, esse objectivo. Apesar de gostarmos de pensar que não somos influenciáveis, uma das formas mais eficazes de alterar comportamentos, é mostrar que outros também o fazem.

Não se preocupe, caro leitor! Para já, a afirmação do título não é apoiada por evidência científica. No entanto, todos já sentimos que as nossas intenções acabam por não corresponder aos nossos comportamentos. Quantas resoluções de Ano Novo ficaram por cumprir? Muitas, provavelmente.

A esta desconexão entre intenções e comportamento real chamamos intention-action gap. Enquanto em termos globais o incumprimento de resoluções de ano novo é inócuo, a constante inacção ambiental tem consequências devastadoras. Então, o que se pode fazer para que cada pessoa aja de forma mais proactiva em relação ao ambiente? Bem, as ciências comportamentais têm a solução para este problema.

Em primeiro lugar, é importante retirar quaisquer barreiras comportamentais a acções desejadas, e dificultar acções indesejadas, nem que seja apenas um pouco. Quantos de nós deixámos de consumir sacos de plástico quando estes passaram a custar 10 cêntimos? Este exemplo demonstra como pequenas barreiras podem dificultar comportamentos. E entender essas barreiras é extremamente importante para motivar acções congruentes com o bem-estar do nosso planeta.

O que mais podemos fazer para diminuir esta discrepância entre intenções e acções? Imagine que tem a intenção de reduzir o seu consumo de carne. A primeira coisa a fazer é imaginar como seria a sua vida se esse objectivo fosse, de facto, alcançado. De seguida é necessário identificar barreiras à sua concretização: “O restaurante onde vou não tem opções vegetarianas”, “às vezes apetece-me mesmo um bife”. Agora é necessário formular soluções para essas dificuldades: “levar comida de casa”, “comer um bife mais pequeno”. Assim, a partir desta simulação de dificuldades e planificação de soluções, a probabilidade de atingir o objectivo será mais elevada.

Quando comunicamos acerca de alterações climáticas com o intuito de provocar acções, é importante que a mensagem cumpra, de facto, esse objectivo. Apesar de gostarmos de pensar que não somos influenciáveis, uma das formas mais eficazes de alterar comportamentos, é mostrar que outros também o fazem. Por exemplo, um estudo da Universidade da Califórnia, realizado num hotel, visou aumentar a reutilização das toalhas por parte dos hóspedes, de forma a poupar recursos. Quando informaram os hóspedes que 75% dos outros reutilizavam as toalhas, esta mensagem levou a um aumento de 35% nesse comportamento. Ou seja, se outros fazem porque é que eu não haveria de fazer?

Aquilo que podes fazer é juntar-te a nós e a mais de 6000 pessoas e assinar uma petição criada pela #ClimateOfChange que será apresentada directamente à presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, na COP27. Esta é uma afirmação categórica das preocupações e necessidades que todos sentimos em relação à acção ambiental.

Depois de assinar a petição, se quiseres saber mais, a #ClimateOfChange é um exemplo importante de uma campanha que procura implementar mudanças e consciencializar para este problema que é do passado, do presente, mas, principalmente, do futuro. Com uma abordagem focada no conhecimento para a acção, esta campanha surge como um movimento na direcção correcta para a mudança de comportamentos, alinhados para um objectivo de desenvolvimento sustentável para o planeta e para a subsistência de todas as entidades que nele coexistem.

Todos podemos melhorar o mundo - uma escolha, um comportamento e uma acção de cada vez.

Alexandre Vieira e Lourenço Reis
12 de Dezembro de 2021, 10:06
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Sex Dez 10, 2021 10:26 am
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Um conto de amnésia ambiental 


Não foram só as combinações únicas de animais, plantas e clima que foram perdidas ao longo de gerações, mas também a memória de que existiam, condicionando as nossas percepções do mundo natural.


A história do romano, do fidalgo medieval e do homem contemporâneo. Um conto de amnésia ambiental. Estão os três num Museu de História Natural a olhar para uma exposição acerca do Homem do Paleolítico.


O romano, lembrando o canto selvagem do Mediterrâneo, a Península Ibérica, diz: “Na minha altura já não havia estes elefantes, hipopótamos, rinocerontes ou hienas, leões e leopardos, mas ainda havia cavalos selvagens, castores e cabras em cada canto, florestas mediterrâneas tão densas que podiam ser uma selva e as aves eram tantas que tiravam o azul ao firmamento.”


O fidalgo medieval ao ouvir as crónicas do romano, diz: “Esses bichos do campo na minha altura já eram raros, mas agora a riqueza de peixe dos rios... o esturjão do Guadiana, o sável do Tejo e o salmão do Lima, Minho e Cávado, boas pescarias!”


O humano contemporâneo, maravilhado e surpreendido pela abundância de vida na paisagem do passado, diz: “Estamos a falar do mesmo sítio? Nós hoje mal temos coelhos... Castores?! Isso não é só no Centro da Europa? Cavalos selvagens?! Hoje temos domésticos...” O romano, lembrando o nome da província, ri e responde: “Hispânia era a terra dos coelhos...” O fidalgo medieval, pergunta: “E as ‘bestas'? O que é feito do urso que ainda existia nas serras do Algarve no século XIV, do lobo que existiu em todo o território nacional até ao começo do século XX e das duas espécies de lince da Península, o lince ibérico, de pelo pardo, e o lince euro-asiático, de pelo cinzento?


O Homem do Paleolítico, ouvindo tamanha discussão, acorda, para grande espanto dos três, e diz: “No meu tempo a paisagem era tão maravilhosa e inspiradora, que fazíamos pinturas nas rochas dos animais, cabras, veados, cavalos, auroques... Eram o centro da nossa arte. Vão ver as pinturas do Côa! Homem contemporâneo! Ouvi falar dos teus poderes para destruir mas também para criar, escuta os nossos contos, olha a tua paisagem e imagina um mundo mais selvagem. Não só para sobreviveres, ao teres um mundo mais saudável para as tuas necessidades, mas também para viveres: não ser maravilhado com o mundo natural é viver com a alma fria. Sê o primeiro de nós verdadeiramente sapiens, sábio e restaura a natureza!


A amnésia ambiental, em inglês shifting baseline syndrome, é um conceito usado para descrever “uma mudança gradual nas normas aceitas para a condição do mundo natural devido à falta de experiência, memória e/ou conhecimento de sua condição passada”. As gerações do presente perdem a capacidade de percepcionar as mudanças na abundância e diversidade de vida selvagem ao longo do tempo - a natureza de alguém com 20 anos é diferente da natureza de alguém com 40 ou 60. O humano tende a imaginar a natureza estática dos tempos de criança. Quando a natureza é dinâmica e está em decadência há várias gerações, esta é uma falha clara na nossa percepção do mundo.


Não foram só as combinações únicas de animais, plantas e clima que foram perdidas ao longo de gerações, mas também a memória de que existiam, condicionando as nossas percepções do mundo natural. Por exemplo, hoje existem cerca de 1000 exemplares de lince-ibérico, uma clara melhoria dos cerca de 100 no início do século XX, mas ainda longe dos números dos anos 60, em que eram cerca de 5000, e claramente longe dos números da Idade Média, em que era um animal abundante em toda a península.


Num mundo cada vez mais degradado, simples e estéril. É preciso recordar as paisagens do passado, ver as do presente e imaginar as que queremos para o futuro. É preciso imaginar um mundo restaurado, complexo, a fervilhar de vida.


É preciso renaturalizar a nossa imaginação.


Foto:
João Silva




Daniel Veríssimo
Economista preocupado com a natureza (espécie rara).


10 de Dezembro de 2021, 8:55
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Qui Dez 09, 2021 10:42 pm
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Os recursos minerais e a energia verde


Se estamos de acordo sobre a decisão de encerrar o maior número possível de centrais termoeléctricas alimentadas a carvões, falta garantir que os recursos minerais e energéticos utilizados na produção de energia através de fontes renováveis são sustentáveis em toda a linha e que estão de acordo com as promessas que nos são apresentadas.


Antecipando uma decisão estratégica nacional, mas essencialmente por falta de matéria-prima, 20 de Novembro de 2021 marca o dia em que, com o encerramento da central termoeléctrica do Pego, a produção nacional de energia a partir de carvão terminou definitivamente. Celebram-se, e bem, os avanços que esta medida produzirá na concretização da neutralidade carbónica e consequentemente na resposta nacional à crise climática. Uma estratégia que tem tido como bandeira o investimento na produção de energia através de fontes renováveis, nomeadamente a energia solar e eólica.


Sobre o encerramento da central do Pego fica a faltar pensar e discutir os desafios que desta decisão resultam, e que estão intrinsecamente associados à transformação da matriz energética. Antecipar as metas da descarbonização de forma justa, como afirmou o ministro do Ambiente no dia do encerramento da central do Pego, implica obrigatoriamente considerar as previsíveis dificuldades de gestão dos recursos minerais e energéticos da Terra que são um componente primordial das tecnologias associadas à energia verde. É um problema multidimensional que, não sendo acautelado hoje, poderá gerar num futuro próximo uma crise climática e de recursos semelhante à que atravessamos neste momento. O resultado será um futuro igualmente hipotecado.


A face mais óbvia destes desafios prende-se com a necessidade de encontrar e explorar minerais críticos, como a grafite, o cobalto ou lítio, que são, por exemplo, essenciais na construção de geradores eólicos e painéis fotovoltaicos. A tecnologia associada à geração de energia verde é sorvedora deste tipo de recursos naturais. Acresce que os principais depósitos destes minerais existem em poucas localizações no globo. Como as fontes de energia renováveis não garantem uma produção de energia constante, têm momentos em que a produção é maior do que as necessidades dos consumidores. Nestes períodos a energia 2 gerada é armazenada em sistemas de baterias de grandes dimensões, de modo semelhante às baterias dos automóveis eléctricos. Também aqui os minerais críticos, e em particular o lítio, são elementos centrais para o sucesso da tecnologia.


Se estamos de acordo sobre a decisão de encerrar o maior número possível de centrais termoeléctricas alimentadas a carvões, falta garantir que os recursos minerais e energéticos utilizados na produção de energia através de fontes renováveis são sustentáveis em toda a linha e que estão de acordo com as promessas que nos são apresentadas. Atingir este objectivo implica que a moderna indústria mineira garanta a sustentabilidade dos recursos não só durante a sua exploração e produção, mas também ao longo de toda a complexa e longínqua cadeia de fornecimento desde a sua origem até ao consumidor final. Que todas as etapas sejam monitorizadas em tempo real através, por exemplo, da implementação de técnicas semelhantes ao blockchain.


A prática desta nova geração de operações mineiras passa pela digitalização, automação, aquisição e processamento de grandes quantidades de dados, frequentemente com recursos a métodos de inteligência artificial (ou aprendizagem estatística) de modo a optimizar os processos e produzir o menor impacto possível. É neste ponto que entramos numa outra dimensão desta discussão que é frequentemente ignorada. Para cumprir estes objectivos é necessária uma grande capacidade de computação e de armazenamento de dados em contínuo. Uma infra-estrutura que, para além de requerer grandes quantidades de energia para funcionar, é também construída em cima de tecnologia que tem na sua génese os minerais críticos e raros. A solução poderá alimentar o problema que todos estamos empenhados em resolver.


Enquanto fugimos dos combustíveis fósseis, optimizamos processos e apostamos na digitalização do planeta Terra, é possível que, sem um planeamento concertado, este caminho nos leve a uma nova dependência em recursos naturais que são já hoje escassos. A transição 3 energética justa, que não deixe ninguém para trás, depende de como lidamos com estes desafios no presente. 


Foto:
EPA/FRIEDEMANN VOGEL
Texto:
Leonardo Azevedo
Professor Auxiliar do Departamento de Engenharia Civil, Georrecursos e Arquitectura do Instituto Superior Técnico e investigador do Centro de Recursos Naturais e Ambiente


9 de Dezembro de 2021, 10:27
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Qui Dez 09, 2021 10:32 pm
Sustentabilidade 4.0: Temos de educar e preparar os consumidores para o impacto das suas escolhas no nosso futuro


Afinal, qual o real peso e impacto das nossas ações, como consumidores e membros da sociedade, na desaceleração das alterações climáticas? Poucas organizações nos respondem com clareza.


Passada a black friday e com o Natal à porta, entramos no pico da altura do ano marcada pelo consumismo. Mesmo sendo “consumir menos” a regra de ouro, nem sempre as opções que podem gerar menos impacto ambiental são claras. Faltam meios para perceber o real impacto de produção dos bens que compramos todos os dias.


São ainda pouco largos os passos tomados em direção à sustentabilidade do nosso planeta. Consumir menos, em geral, partilhar transportes e optar por veículos movidos a eletricidade, comer menos carne e peixe (ou eliminar por completo estas opções da nossa alimentação), optar por alimentos e refeições produzidas perto de nós em vez de opções processadas e produzidas do outro lado do mundo – são tudo opções que sabemos serem pequenos passos para uma existência mais sustentável.


Estas podem parecer decisões fáceis, partindo do pressuposto que temos acesso a toda a informação sobre o processo de produção de um produto ou de quem fornece os serviços que utilizamos. Mas sem um padrão claro de medição e comunicação da pegada ecológica de cada organização, marca de produto ou serviço, tudo se complica mais do que imaginamos.


Afinal, qual o real peso e impacto das nossas ações, como consumidores e membros da sociedade, na desaceleração das alterações climáticas? Poucas organizações nos respondem com clareza. É por isso que se torna cada vez mais urgente a educação para a sustentabilidade. Só capacitando as pessoas para exigirem das organizações a transparência necessária para tomarem decisões de compra conseguimos alcançar resultados.


Empresas como a Patagónia já comunicam a pegada de carbono de cada um dos seus produtos, mas nem todas as marcas são transparentes a este ponto. Também a GoParity, plataforma de crowdlending, apresenta o impacto de cada um dos projetos. Mas para nos direcionar para os melhores produtos há dois projetos que podem ajudar-nos muito:


- The Good Shopping Guide: um guia que apresenta um ranking das marcas mais sustentáveis: de roupa aos consumíveis de limpeza para casa, a eletrodomésticos, podemos encontrar as mais variadas marcas neste ranking.
- Ethical Consumer: um site que define alguns critérios pelos quais nos podemos guiar no momento de fazer uma compra, também aplicado aos mais variados tipos de produtos.
- Lisboa Para Pessoas: numa lógica de maior proximidade e adaptado à nossa realidade, o site Lisboa para Pessoas apresenta alguns guias de mobilidade e sustentabilidade com informação sobre espaços de agricultura e corredores verdes da cidade.


Estes são alguns exemplos de guias úteis para o nosso dia a dia. Mas nós acreditamos que há mais a ser feito:


- Melhor regulamentação: existe ainda pouca concertação sobre a comunicação obrigatória das marcas no que respeita à pegada carbónica dos seus produtos. Encontrar KPIs standard que ajudem as pessoas a comparar produtos é essencial para garantir a transparência da comunicação das marcas e evitar o greenwashing.
- Educação: dar às pessoas ferramentas para que possam avaliar produtos e tomar decisões mais conscientes é um factor crítico – sem educação nas escolas e empresas não é possível chegarmos a ações concretas e com real impacto na desaceleração das alterações climáticas.


Estamos no momento certo para colocar o conhecimento e o poder à disposição das pessoas, para que tomem consciência das opções verdes e sustentáveis que existem. Formar e capacitar novos profissionais para soluções inovadoras no campo é também essencial se queremos dar o passo para a transição para a sustentabilidade ambiental e social.


Investir na inovação da indústria é, por outro lado, pensar no desenvolvimento local, económico e sustentável. A transição deve acontecer por causa das e para as pessoas, envolvendo-as em todos os processos; desde a formação, ao emprego, terminando no consumo.


Inês Sequeira
12:37
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Qua Dez 08, 2021 11:34 pm
“O problema é sério e podemos começar a ter redução nos abates já esta semana”, alertam os produtores de carne. Mas a falta de CO2 também afeta outros sectores, da produção de refrigerantes à água da torneira. “O quadro está a agravar-se a cada dia que passa”, confirma a Portugal Foods

https://expresso.pt/economia/2021-12-07-Se-ouvir-dizer-que-a-escassez-de-CO2-afinal-pode-esvaziar-prateleiras-de-supermercados-e-comprometer-a-ceia-de-Natal-deve-acreditar-b95bd3f3
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Qua Dez 08, 2021 11:27 pm
Como a ganha mais importância a economia reciclar para a transição do consumo da sociedade na sustentabilidade ambiental e a reduzirem retirada do recurso natural e ou matéria prima da natureza.

O "Essencial" avalia o impacto que estes resíduos têm no ambiente, na saúde e nos recursos do planeta.


https://sicnoticias.pt/programas/essencial/2021-12-08-Lixo-eletrico-e-eletronico-e-o-fluxo-que-mais-cresce-em-todo-o-mundo-a09b726f
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Qua Dez 08, 2021 3:25 pm
"Somos o primeiro fabricante de automóveis a apoiar a expansão das energias renováveis em grande escala, porque a mobilidade elétrica só pode contribuir efetivamente para a proteção climática se os veículos elétricos forem consistentemente carregados com eletricidade verde", disse o presidente executivo da Volkswagen, Ralf Brandstätter.
Carregar veículos com eletricidade gerada por fontes renováveis diminuiria em quase metade as emissões de CO2 em comparação com o padrão de eletricidade da União Europeia (UE), de acordo com a empresa.

https://expresso.pt/economia/2021-12-08-Volkswagen-investe-40-milhoes-de-euros-em-parques-eolicos-e-solares-na-Europa-0f6a1829
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Qua Dez 08, 2021 10:38 am
Por uma Ecologia Política otimista 

Confiar no ser humano como capaz de criar novos instrumentos e tecnologias que permitam a transição energética sem afetar o crescimento económico parece uma atitude bem mais construtiva e realista do que o dogma do fim do mundo e o catastrofismo dos fundamentalistas.  

A tão badalada COP26 ou Conferência das Partes, em que cada Estado atualiza os seus compromissos em matéria de redução das emissões de óxido de carbono para a atmosfera, juntou em Glasgow, no mês passado, não apenas delegações de praticamente todos os governos do mundo, como também dezenas de milhares de ativistas das mais variadas organizações não governamentais direta ou indiretamente ligadas às questões ambientais.


O desfecho da reunião, tendo em conta os compromissos assumidos, em especial pelos governos dos países mais desenvolvidos, não pode deixar de se considerar francamente positivo.


Todavia, os ambientalistas mais ortodoxos, os que fazem das suas convicções um dogma de fé, que na realidade têm uma agenda política que vai muito para além de questões ecológicas e que não aceitam qualquer espécie de crítica (como sempre aconteceu com todas as Inquisições) mostraram deceção e fúria quanto aos resultados alcançados.


A sua visão necessariamente catastrofista exclui a consideração de quaisquer notícias positivas. A redução das emissões de carbono na União Europeia no decurso dos últimos 20 anos, o surgimento de novas tecnologias que permitem captar e neutralizar o carbono, a tendência geral, mesmo em países como a China e a Índia, para a gradual redução dessas emissões, sem sacrifício dos seus legítimos anseios de melhoria do bem-estar das populações (muito associado ao aumento da oferta de eletricidade a preço acessível) constituem notícias positivas e que por isso, para um ecologista catastrofista, devem ser silenciadas.


O crescimento da produção de fontes renováveis de energia é outra boa notícia, embora se conheçam os limites inerentes à dependência da energia solar e da energia eólica das condições meteorológicas, da intensidade do vento e do grau de insulação.


Por isso e para se obter uma produção de eletricidade maioritariamente dependente de energias limpas, a complementaridade com a produção de energia hídrica das barragens seria fundamental. A oposição a energia produzida pela água armazenada em barragens, com o fundamento de que destrói certos eco-sistemas, dificulta uma transição energética segura e firme para uma redução da emissão de carbono.


Em vários países, como no caso da França, tem havido movimentos de reação à implantação de torres de energia eólica e já existem várias decisões de tribunais no sentido de impedir a sua construção em certos locais.


Ora desconhecer a complexidade do problema e das soluções para o resolver é um sinal de irracionalidade e de imaturidade.


Sabe-se, aliás, que a evolução a longo prazo do clima depende igualmente de outros fatores, como as manchas solares e os raios cósmicos, e surgem algumas perplexidades quando o Painel Intergovernamental de Peritos (GIEC) refere no seu último Relatório que a grande redução das emissões de carbono em 2020, superior a 10%, devida à queda da mobilidade e de certas atividades económicas ligadas à crise da covid-19, não se traduziu, como seria de esperar, numa concomitante diminuição dos níveis de concentração de carbono na atmosfera.


Tudo isto mostra como a transição energética será complexa e como tal deve ser considerada, excluindo a visão simplista e dogmática dos ambientalistas fundamentalistas.


A conservação das florestas e da biodiversidade, bem como a luta contra a poluição dos oceanos e das águas em geral, consagradas na COP26, a aceleração (difícil embora) da economia verde, a melhoria da qualidade do ar na maioria das cidades europeias (devido à redução da emissão de óxido de azoto, de óxido de enxofre e de partículas finas), as novas tecnologias de neutralização das emissões de dióxido de carbono, a assunção generalizada de responsabilidades em matéria de ambiente pelo sistema bancário e pela generalidade das grandes empresas à escala mundial constituem excelentes notícias em matéria de proteção do planeta.


A transição energética será complexa e como tal deve ser considerada, excluindo-se a visão simplista e dogmática dos ambientalistas fundamentalistas


Confiar no ser humano como capaz de criar novos instrumentos e tecnologias que permitam a transição energética sem afetar o crescimento económico parece uma atitude bem mais construtiva e realista do que o dogma do fim do mundo e o catastrofismo dos fundamentalistas. Uma Ecologia Política inteligente e otimista, esvaziada de ideologia, começa a despontar e a afirmar-se como mais uma vitória das sociedades livres e democráticas, avessas a proibicionismos e racionamentos!


A autora é colunista do PÚBLICO e escreve segundo o acordo ortográfico


Advogada
Paula Teixeira da Cruz
8 de Dezembro de 2021, 1:10
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Qua Dez 08, 2021 10:30 am
Futuro verde: temos mesmo de destruir a natureza?

Não, Sr. Ministro, não “temos mesmo” de transformar as nossas paisagens, saberes e sabores, fauna e flora no carro-vassoura da China, maior poluidor mundial e por sinal dona da EDP e da REN.


“Este [Hidrogénio] é mesmo um caminho que temos e que devemos trilhar”
(João Pedro Matos Fernandes, 2021)


Portugal é Lisboa e o resto é paisagem. Uma paisagem onde se multiplica bicharada, expandindo-se ou regressando mesmo algumas espécies (caso do Esquilo, da Cabra-brava, do Lince ou do Urso). Uma paisagem que abriga cerca de metade de toda a biodiversidade europeia, incluindo dezenas e dezenas de espécies que só no nosso país existem. Numa paisagem vazia de gente, abandonada, o “verde” afigura-se como uma rara oportunidade.


Todavia, esse verde vê-se ameaçado por uma visão também ela dita verde com a qual terá dificuldade em competir: a descarbonização. Terras pobres, despovoadas, remotas são hoje cobiçadas para uma nova paisagem onde os rios se enchem de barragens, as cristas montanhosas de torres eólicas, o resto de plantações de eucaliptos ou estufas de frutos vermelhos, de desertos negros de painéis solares ou dos buracos de minas a céu aberto.


Este novo verde progride com a ajuda de outro verde, o das notas: são milhares de milhões pagos por todos nós para grandes negociatas obscuras (lembremos as recentes barragens da EDP ou a controvérsia do investimento no hidrogénio). Pagamos a peso de ouro, portanto, para se destruírem as nossas paisagens em nome do planeta. E sobram ainda uns trocos para calar quem vê o seu quintal destruído, aliciando municípios a serem parte interessada e prometendo meia dúzia de postos de trabalho tão qualificados como mal pagos (os novos engenheiros dos 800€ por mês) – note-se que este foi um ponto valorizado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) na Torre-Bela, convenientemente esquecendo que a meia dúzia de empregos criados leva à destruição de outros (empregos no turismo, na cinegética, na produção florestal, etc.).


O mais recente alvo é o vale do Alto Ceira, na Serra do Açor. Aqui, Pampilhosa da Serra, onde as escombreiras das minas contaminam as águas do Zêzere, onde a meio do século passado se impôs um complexo hidro-elétrico mas a prometida luz só chegou décadas mais tarde e paga pelos filhos da terra, onde os cabeços de encheram de torres eólicas num rasto de contestação em tribunal, há um projeto para hidrogénio verde com as águas do Ceira e mais de 200 ha de painéis solares. Longe de tudo? Numa das zonas com menos horas de Sol do país? Em vertentes de elevado pendor? Onde os matos prosperam e o fogo frequentemente os visita? Sim, porque sendo um mau contexto é ao preço da uva mijona: o valor de um T1 em Lisboa chega e sobra.


É esta área uma joia da natureza, com cursos de água povoados por Trutas, Enguias ou Lontras, Bordalos, Bogas e Barbos, Lagartos de água e Salamandras lusitânicas, Toirões, Tritões, Melros d’água; com lameiros escondendo raridades como a Festuca rothmaleri ou as Aurínias; matos ora dominados por Urzes, Giestas ou Estevas, abrigando Javalis, Perdizes ou Coelhos e raros Tartaranhões, ou protegidos Narcisos; rochas, cascalheiras ou muros de xisto, com comunidades brio-liquénicas, com protegidas e endémicas Festucas, Teucrium salviastrum ou Murbeckiella sousae, além da Arabis beirana, exclusiva desta serra, assim como Rapinas, Víboras ou Escorpiões; e bosques autóctones variados – Pinhais, Salgueirais, Amiais, Carvalhais, Sobreirais, Azinhais, Medronhais, Soutos com Castanheiros centenários, isto além dos raríssimos Azereirais (a Serra do Açor tem o maior contingente mundial desta relíquia terciária) – onde se avistam Veados e Corços, Gilbardeiras e Hepáticas, Musgos e Líquenes, Azevinhos ou Esquilos, etc.


Aqui se tem investido neste valor natural, seja em turismo de natureza (cama e comida, piscinas, percursos, museus, etc.), caça turística, produtos regionais, cultura (aldeias históricas, aldeias do xisto), mel ou medronho. Aqui se desenvolvem vários pequenos projetos de desenvolvimento sustentável, apesar dos escassos apoios, ou se tem apostado na certificação. Aqui os municípios usam o verde como bandeira, incluindo a câmara municipal em questão: “Pampilhosa da Serra inspira natureza”. E em vez de se aproveitar quer o trabalho já feito, quer o próprio contexto da ação climática – seja na remuneração de serviços de ecossistema prevista no PRR ou no sequestro de carbono – a inspiração parece recair nessa estranha forma de ajudar o ambiente em que se troca natureza por negócios que a destroem (solos nus, perda de solo, águas poluídas, cheias, perdas de biodiversidade, paisagens artificializadas).


E como se sabe desta inspiração? Sabe-se porque a Junta de Freguesia de Fajão – tiro o meu chapéu a Carlos Simões, seu novo presidente – resolveu, e muito bem, diga-se, auscultar as populações quando foi chamada a pronunciar-se, caso contrário continuaria no segredo dos deuses entre a CM de Pampilhosa da Serra e a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra. Pois é, tal como a natureza, também as pessoas são secundárias nestes processos. O que também não é nenhuma novidade, bastando atender à chacina da Torre Bela a antecipar o resultado do Estudo Ambiental, ou aos contratos de Lítio assinados com a Participação Pública a decorrer. É o “quero, posso e mando” ao serviço de um futuro verde.


Quer isto dizer que toda a ação climática é errada? Não, claro que não. Antes que este é um terreno fértil para aldrabices e corrupção, autoritarismo ou manipulação. Que não chega um “temos mesmo de trilhar” da boca de Matos Fernandes. Não, Sr. Ministro, não “temos mesmo” de transformar a nossa natureza, as nossas paisagens, saberes e sabores, fauna e flora, etc., no carro-vassoura da China, maior poluidor mundial, e, por sinal, dona da EDP e da REN. Não “temos mesmo” de ser o caixote do lixo do planeta. O que temos mesmo, Sr. Ministro, é de acabar com o obscurantismo, trocando-o por boas práticas. O que temos mesmo é de exigir que o seu ministério se preste a informar, envolver, saber escutar, apelar à participação, estabelecer compromissos, debater prós e contras, a primar pela transparência.


08 dez 2021, 00:05
João Adrião
Observador


Última edição por Admin em Qua Dez 08, 2021 10:44 am, editado 1 vez(es)
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Ter Dez 07, 2021 10:46 am
A União Europeia desunida na política energética


A grande luta de França é conseguir que, na União, a energia nuclear venha a ser considerada energia verde. Por outro lado, parece haver grandes avanços no domínio dos resíduos nucleares, o problema fulcral desta fileira.


Escrevi aqui, em 19 de Março de 2018, que “a Europa, numa deriva política de extrema-direita, vai fazer implodir a actual Europa, que se arrasta, titubeante e sem projecto a todos os níveis: humano, político, económico e social. Para escapar a este drama tem a Europa de pensar numa refundação em novos moldes e objectivos. Não é com pequenos arranjinhos políticos que se ultrapassa esta grave situação de deriva”.


Intitulei o artigo “Armas novas… que esta Europa tende a desaparecer”. Ora, em quase todas as áreas de decisão importantes da União Europeia, a deriva, a hesitação, o arrastamento de decisões, o conflito de ideias e de interesses tornou-se uma marca comportamental.


Com a Covid-19, houve um curto interregno nas hesitações, apesar de não isento de conflitos e ratoeiras na aplicação. Refiro-me à contratualização da compra das vacinas em comum e aos financiamentos (a fundo perdido e empréstimos) da União Europeia para apoio ao relançamento das economias dos países membros em resultado dos efeitos nefastos da Covid.


Em Portugal, estes fundos, que estão na origem do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), são conhecidos como os dinheiros da “bazuca”, como o primeiro-ministro António Costa os denominou. Mas estes montantes, em volume, deixaram muito a desejar, quando comparados com os atribuídos pelos EUA ou pela Alemanha a idênticas finalidades, já não referindo o tempo que levou a aprovar e a torná-los operacionais e o prazo curto da sua aplicação pelos países, o que tende à formulação deficiente de projectos e estratégias de desenvolvimento.


A União Europeia (UE) arrasta demasiado a tomada de decisões e quase sempre quando tem de as fazer, as reuniões prolongam-se até altas horas da noite, para depois decidir um “quase nada”, um amontoado na maioria das vezes de comunicações muito vagas.


A deriva na política energética


1. De momento, deve ser difícil encontrar um tema como a Energia que reflicta melhor o formato típico de decisão da UE.


Os preços da electricidade na Europa (e no Mundo) têm vindo a subir em flecha. Notícia péssima para a transição climática, empresas e bolso das famílias.


Alguns países, tentando avançar na linha da cooperação encetada pela UE na resposta à Covid-19 e às medidas “desencontradas e desarticuladas” que os vários países estavam a tomar para atacar a subida de preços propuseram a compra conjunta de gás. Mas outros, capitaneados pela Alemanha, opuseram-se afirmando que se tratava de um fenómeno temporário e, por isso, não tinha cabimento tal acção. Outros ainda, como França e Espanha, avançaram com a revisão do funcionamento do mercado europeu da formação de preços da energia por grosso.


A Comissária Europeia para a energia Kadri Simson contraria esta ideia dizendo que “alterar o modelo actual traz riscos para a previsibilidade do mercado, para a competitividade e para a nossa transição para a energia limpa”.


De forma simplificada, o modelo de funcionamento do mercado europeu de energia regula os seus preços pelos da unidade menos competitiva. A título de exemplo, a França produz o megawatt da electricidade à volta de 40 euros (via energia nuclear) e o preço marginal na Alemanha é de 100 euros. Nada justifica que a França ou qualquer outro país do sistema tenha de cobrar este custo marginal da Alemanha. Mas é o que vigora.


Não é preciso um raciocínio muito profundo para se questionar a “bondade” deste modelo de funcionamento (e a quem beneficia) e concluir que é um tema a merecer amplo debate e a exigir uma solução equilibradora. Como funciona, o modelo é um completo absurdo.


O mercado dos preços europeu é talvez aquele tema que na área da Energia, a par da nuclear, mais rupturas e controvérsia levanta entre os Estados-membros.


Os grandes desafios da energia nuclear na Europa


2. Os países europeus alinham segundo três variantes: os defensores da energia nuclear com a França em primeira linha; os países contra este tipo de energia com a Alemanha a liderar, e um terceiro grupo com posição de prudência onde se destaca a Itália.


França é uma grande potência mundial neste domínio, quer pela elevada capacidade de produção instalada (cerca de 75% da electricidade tem esta fonte), quer pelo domínio tecnológico, sendo que já se encontra na quarta geração, agora muito apostada nos SMR – pequenos reactores nucleares, onde espera que as startups e PME apostem fortemente.


O Presidente Macron tem como uma das linhas da sua campanha presidencial o desenvolvimento da energia nuclear nas suas diferentes configurações, diremos pesada e ligeira, e apostou investir nos SMR cerca de mil milhões de euros até 2030. A EDF, por seu lado, vai avançar com centrais nucleares de grande dimensão.


Mas a França não enjeita uma grande aposta nas energias renováveis e está a posicionar-se para ter um papel relevante no hidrogénio a nível mundial.


A grande luta de França é conseguir que, na União, a energia nuclear venha a ser considerada energia verde. Por outro lado, parece haver grandes avanços no domínio dos resíduos nucleares, o problema fulcral desta fileira.


A França é acompanhada por um grupo de países europeus, com alguns prestes a lançar investimentos de centrais nucleares como a Finlândia, onde até o partido dos verdes aceita de algum modo o investimento.


É evidente que, a nível de cada país, o ambiente é também de prós e contras. Em França, essa situação é muito premente, embora os estudos de opinião mostrem que a população é maioritariamente favorável à energia nuclear.


Controvérsia no financiamento


3. Há uma certa radicalidade no seio da UE sobre esta problemática, sobretudo há quem defenda nem um “tostão” de financiamento da União para a energia nuclear.


Havendo um projecto mundial ITER sediado em território europeu, mais concretamente no sul de França para a investigação da fusão nuclear (dois processos na produção de energia: fissão e fusão, sendo a primeira a mais dominada tecnicamente, mas sendo a fusão a mais segura quando vier a ser dominada), não será de afectar financiamentos pelo menos para já à investigação? Há medo dos resultados?


Parece-nos esta divisão radical pouco prudente e proibitiva de avanços. Comanda esta posição a Alemanha com Portugal e outros países como parceiros.


Em conclusão, a União Europeia para avançar com a sua consolidação e projecção mundial de primeiro plano tem de romper com “este tédio titubeante” e desunião latente e permanente. E nas grandes e pequenas questões tomar decisões bem assentes e rápidas. É fundamental encontrar caminho próprio e não se colocar permanentemente sob o chapéu dos EUA, nomeadamente em política internacional.


O autor escreve de acordo com a antiga ortografia.


João Abel de Freitas, Economista
 07 Dezembro 2021, 00:07
Jornal Económico
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Seg Dez 06, 2021 5:57 pm
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Um único foco no veículo elétrico levaria à perda de meio milhão de empregos na UE, de acordo com um estudo da CLEPA – PwC Strategy&


- Uma avaliação da transição confirma o papel crítico da eletrificação para atingir os objetivos do Acordo de Paris, mas corrobora os riscos para o emprego relacionados os motores de combustão interna.


- Os 226.000 novos empregos previstos na produção de motores para veículos elétricos (assumindo uma cadeia de baterias na UE), representam uma perda líquida projetada de 275.000 empregos (-43% empregos) até 2040.


- Projeta-se que 501.000 empregos nos fabricantes de componentes para motores de combustão interna (ICE) se tornem obsoletos se a tecnologia for descontinuada até 2035.


- Desses meio milhão de empregos, 70% (359.000) provavelmente serão perdidos em apenas num período de 5 anos, de 2030 a 2035, destacando o prazo limitado para a gestão dos significativos impactos sociais e económicos.


- Ao complementar a eletrificação, com uma abordagem de tecnologia mista que permita o uso de combustíveis renováveis poderia atingir-se uma redução de 50% em CO² até 2030, mantendo empregos e criando valor acrescentado.
 CLEPA, 06-12-2021


A CLEPA, Associação Europeia dos Fornecedores da Indústria Automóvel, encomendou à PwC Strategy& a avaliação do impacto, de três cenários de política do Green Deal (Pacto Ecológico Europeu), sobre o emprego e o valor acrescentado[1] entre os fornecedores da indústria automóvel em toda a Europa[2] no período 2020-2040. Tais cenários representam uma abordagem de tecnologia mista; a abordagem atual apenas VE (Veículos Elétricos) proposta no pacote ‘Fit for 55’ e um cenário de aumento exponencial de Veículos Elétricos. Todos os três cenários pressupõem uma eletrificação acelerada para cumprir as metas ambientais, com uma elevada quota de mercado de veículos elétricos[3] em 2030 de mais de 50%, quase 80% e perto de 100%, respetivamente.


A indústria automóvel (construtores e fornecedores) é responsável por mais de 5% do total do emprego na indústria transformadora em 13 Estados-Membros da UE[4], sendo que os fornecedores da indústria automóvel são responsáveis por mais de 60% desses empregos. O estudo, portanto, fornece uma avaliação a nível europeu e ainda identifica os riscos e oportunidades em sete dos principais países produtores de componentes automóveis (Alemanha, Espanha, França, Itália, República Checa, Polónia e Roménia). O estudo também é o primeiro deste tipo a avaliar o impacto de diferentes vias políticas para atingir os objetivos do Green Deal, com foco nos fornecedores da indústria automóvel.


Enquanto os construtores de automóveis têm uma capacidade maior de desinvestir ou internalizar atividades para compensar a perda de atividade no domínio dos motores de combustão interna, os fornecedores da indústria automóvel não podem reagir tão rapidamente, pois estão vinculados a contratos de longo prazo com os construtores. Além dos líderes globais e bem capitalizados da indústria, o setor é composto por centenas de empresas especializadas e PME com menos acesso a capital para investir na transformação dos seus modelos de negócio.


Transição vs interrupção


O estudo prevê que, no cenário exclusivamente de Veículos Elétricos, 70% do impacto no emprego será sentido já no período de 2030-2035 e corrobora que as oportunidades do veículo elétrico dependem do estabelecimento de uma ampla cadeia de abastecimento de baterias na UE, cujo momento e probabilidade ainda são incertos. Os países da Europa Ocidental parecem estar em melhor posição para serem redutos na produção de motores para veículos elétricos, enquanto o emprego nos países da Europa Central e Oriental permanecerá altamente dependente do motor de combustão interna.


Henning Rennert, sócio da PwC Strategy& Alemanha, declarou:


“Embora, por um lado, a eletrificação coloque em risco o emprego relacionado com o powertrain, no futuro a qualificação dos trabalhadores precisará de outras competências em áreas como o software ou infraestrutura. O valor acrescentado e a criação de emprego nas tecnologias de powertrain dependerá da produção de baterias na Europa“.


A secretária-geral do CLEPA, Sigrid de Vries, declarou:


“O estudo destaca os riscos de uma abordagem exclusivamente de Veículos Elétricos para a subsistência de [centenas de milhares de] pessoas que trabalham afincadamente para fornecer soluções tecnológicas para uma mobilidade sustentável. Como os fornecedores de componentes para automóveis são responsáveis pela maioria dos empregos na indústria automóvel, é crucial colocar os empregos da indústria de componentes para o automóvel em primeiro plano na gestão do impacto social e económico da transformação. As inovações dos fornecedores da indústria automóvel tornaram a mobilidade elétrica cada vez mais acessível aos consumidores e um instrumento essencial para cumprir as metas de redução de emissões. Mas as necessidades da sociedade são muito diversificadas para uma abordagem única. Um contexto regulatório aberto a todas as soluções disponíveis, como o uso de tecnologias híbridas, hidrogénio verde e combustíveis renováveis sustentáveis, permitirá a inovação à medida que redefiniremos a mobilidade nas próximas décadas”.


O Presidente da AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, José Couto, afirmou que:


“O estudo elaborado pela CLEPA e onde a AFIA teve um papel muito ativo, evidencia o impacto a médio e longo prazo do processo da transição energética nas empresas da indústria de componentes automóveis. Esta indústria em Portugal emprega 62 000 trabalhadores, 8,8% do emprego da indústria transformadora, na sua maior parte qualificados e com remunerações acima da média nacional. Pelo que neste contexto é necessário que a União Europeia crie instrumentos que possibilitem enfrentar as tendências impostas pela transição energética, de forma a proteger os empregos e as empresas”.


Um futuro incerto para baterias


O estudo confirma que até 70 mil milhões de euros (70%) da criação de valor relacionada com os motores elétricos estarão ligados ao processamento das matérias-primas, à produção de células e de módulos e à montagem de sistemas de baterias. É importante realçar que essas atividades não serão necessariamente realizadas com as mesmas empresas ou nas mesmas regiões, pois exigem capacidades e conhecimentos muito diferentes em comparação com a tecnologia de motor de combustão interna e, portanto, são improváveis de fornecer oportunidades para a maioria dos fornecedores da indústria automóvel orientados para os motores de combustão interna e especialmente para pequenas e médias empresas que empregam cerca de 20% das pessoas que trabalham na indústria de componentes automóveis. Estudos anteriores da CLEPA mostraram que a produção de baterias proporciona relativamente mais empregos para funcionários com formação académica e menos empregos para trabalhadores mecânicos que atualmente fabricam componentes relacionados com os motores de combustão interna.


Metodologia


A metodologia do estudo é complementar aos estudos anteriores (disponíveis no portal de emprego da CLEPA), pois realiza simulações numa perspetiva empresarial. Os dados foram recolhidos com o apoio da CLEPA[5], bem como de associações nacionais e empresas, num inquérito exploratório com base em 199 questionários e validado com 33 entrevistas a especialistas. Para simular de forma realista as decisões comerciais, a capacidade de produção no nível do turno de trabalho (normalmente três blocos de oito horas), bem como a atratividade do país, os critérios foram avaliados para desenvolver cenários de desaceleração progressiva para as tecnologias de fabricação de motores de combustão interna (ICE) e cenários de aceleração para as tecnologias de Veículos Elétricos (EV).


Recomendações políticas da CLEPA[6]


A atual proposta ‘Fit for 55’ sobre as normas de emissão de CO2 para carros e vans (veículos ligeiros de mercadorias) apenas considera as emissões que saem do tubo de escape do veículo, ignorando as emissões relacionadas com a produção de veículos ou os combustíveis que eles utilizam, incluindo a forma como a eletricidade é gerada. Para incentivar tecnologias com a menor pegada global de carbono, as emissões dos veículos devem, idealmente, ser reguladas com base no ciclo de vida, com uma abordagem do “poço à roda” (WtW – Well-to-Wheel) como primeira medida, que considera a produção e distribuição do combustível / eletricidade usado para alimentar um veículo. As reduções de emissões no lado da produção de combustível / energia devem ser reconhecidas ao determinar o cumprimento das normas de CO2, por exemplo, através da introdução de um mecanismo de crédito voluntário, que permita uma opção adicional para os fabricantes de automóveis cumprirem as metas de toda a frota com volumes adicionais de combustíveis renováveis.


A abertura tecnológica dá à indústria tempo para a transição, ao mesmo tempo que mitiga a rutura social que as mudanças abruptas costumam trazer, sem comprometer o clima. Uma transição planeada e ponderada, que consiste numa abordagem tecnológica mista, mantém as opções em aberto para se adaptar a novos desenvolvimentos, sejam eles avanços tecnológicos, eventos geopolíticos ou disponibilidade de recursos, e ao mesmo tempo, apresenta oportunidades significativas para a criação de valor na indústria automóvel, um dos maiores ativos industriais da Europa.


Sigrid de Vries prossegue: “Uma abordagem tecnológica aberta deve incluir a eletrificação rápida juntamente com energia limpa e renovável, complementada por tecnologia de combustão limpa com combustíveis renováveis sustentáveis. Há mais opções do que emissões zero, e temos de reconhecer o papel que os combustíveis neutros para o clima podem desempenhar na redução das emissões, preservando a escolha do consumidor, a acessibilidade económica e na manutenção da competitividade global da Europa. A tecnologia não é o inimigo aqui, mas sim os combustíveis fósseis, e a abertura tecnológica será essencial para alcançar uma transição justa ”.


Clique aqui para mais informações sobre o estudo
 
Sobre a CLEPA


A CLEPA, a Associação Europeia de Fornecedores da Indústria Automóvel, com sede em Bruxelas representa mais de 3.000 empresas, de multinacionais a PME, fornecedoras de componentes de última geração e de tecnologia inovadora para uma mobilidade segura, inteligente e sustentável, investindo anualmente mais de 30.000 milhões de euros em investigação e desenvolvimento. Os fornecedores da indústria automóvel na Europa empregam diretamente 1,7 milhões de pessoas em todo o continente.


Contato: Filipa Río, Chefe de Comunicação Estratégica da CLEPA: f.rio@clepa.be


Sobre a Strategy&


Strategy& é uma empresa de consultoria estratégica global posicionada de maneira única para ajudar a entregar o seu melhor futuro: um que é construído na diferenciação de dentro para fora e feito à medida das suas necessidades. Como parte da PwC, estamos construindo todos os dias os sistemas vencedores que estão no centro do crescimento. Combinamos a nossa visão poderosa para o futuro com este conhecimento tangível para ajudá-lo a criar uma estratégia melhor e mais transformadora desde o primeiro dia. Temos mais de 100 anos, 3.000 consultores de estratégia e 295.000 profissionais da PwC, com presença em 156 países.


Contato: Annabelle Kliesing, Responsável Sénior de Comunicações: annabelle.kliesing@strategyand.de.pwc.com


Sobre a AFIA


A AFIA é a associação portuguesa que congrega e representa, nacional e internacionalmente, os fornecedores de componentes para a indústria automóvel. A AFIA é desde 1979 Associada da CLEPA.


Contato: Adão Ferreira, Secretário-Geral da AFIA: a.ferreira@afia.pt


Notas:


[1] Valor Acrescentado = Corresponde à diferença entre o volume de negócios e os custos das matérias-primas, e equivale à riqueza gerada pela empresa


[2] União Europeia + Reino Unido + EFTA


[3] BEV – Veículos 100% Elétricos, PHEV – Híbridos Plug-IN, HEV – Híbridos


[4] Eslováquia, Roménia, Suécia, República Checa, Hungria, Alemanha, Espanha, Polónia, Eslovénia, França, Bélgica, Áustria e Portugal


[5] A CLEPA é a Associação Europeia dos Fornecedores da Indústria Automóvel


[6] As recomendações políticas não estão dentro do objetivo do estudo e representam apenas as opiniões da CLEPA


CLEPA, Indústria Automóvel  
6 de Dezembro, 2021 | Fonte: CLEPA
AFIA - Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel
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